As palavras e propostas apresentadas pelos candidatos no debate de ontem são as verdades que lhes convêm. O que não quer dizer que sejam aplicáveis ou possíveis. Por isso, o eleitor não deve se basear nos debates para qualificar seu voto.
Dilma ao citar programas com o PAC 2 e Minha Casa, Minha Vida 2 não informou ao público que as primeiras versões das propostas citadas estão em andamento, sem nem a metade concluída. Assim como propostas de Plínio e Serra, que não explicaram com que dinheiro as colocariam em prática. E Marina, que levanta a sua bandeira, sem propostas concretas, apenas recorrendo ao lugar comum.
Essas atitudes não dão base ao eleitor para escolher seu candidato. Além disso, o sistema, que contém a tréplica, intimida um debate direto, como entre Serra e Dilma, que não ocorreu porque ao perguntar, a palavra final é do perguntado. Para um voto consciente o importante é pesquisar a vida pregressa e os discursos dos candidatos para as mais diversas platéias e assistir ao debate somente para confirmar se o comportamento na campanha é igual em frente as câmeras, para todas as platéias presentes no Brasil.